RÉVEILLON EM SYDNEY.

 
Por: M.C.Carvalho


Sydney

Sydney vista do quarto do hotel.
Sydney é, sem dúvida, uma cidade belíssima. Não apenas por suas construções - a Ópera, a Harbor Bridge, o Royal Botanic Gardens, mas pela geografia da paisagem que a envolve. Nomeada em homenagem a Lord Sydney, oficial britânico, a cidade foi a base da colônia penal que a Inglaterra estabeleceu no além-mar para aliviar suas sobrecarregadas prisões por volta de 1788. O primeiro britânico a adentrar o braço de mar onde fica Sydney foi o capitão Cook, que chamou o local de Botany Bay e fez os primeiros contatos com a tribo aborígene que habitava a região, e que foi dizimada por fogo ou doença nos anos subseqüentes.

Foi justamente a primeira área de ocupação, ladeando o porto e a beira-mar (sem praia), que escolhemos para nos hospedar. Conhecida como “The Rocks”, esta região, adjacente ao já mencionado trio que constitui as principais atrações turísticas da cidade, engloba hotéis, restaurantes e os ferry boats e trens que partem de Circular Quay, a central de transporte mais importante da cidade. Para os paulistanos, uma sofisticada Sé com serviço marítimo!

Os dois principais hotéis da região, o Park Hyatt e o Four Seasons são especialmente procurados no réveillon pela sua proximidade com o local da festa de queima de fogos, e pela visão do espetáculo que alguns de seus quartos proporcionam. Reservas devem ser feitas com a máxima antecedência possível, normalmente envolvem um mínimo de três a quatro noites de hospedagem e tarifas 50% mais altas do que em qualquer outra noite do ano.

O Park Hyatt, que estava fechado para reformas [1] – acaba de ser reaberto –  fica logo abaixo da Harbor Bridge e proporciona ótima localização para o espetáculo. O Four Seasons, onde ficamos, está muito bem localizado também, mas a geometria de sua construção faz com que alguns quartos tenham vista apenas para a ópera e outros apenas para a ponte, e como os fogos acontecem em ambos, em um espetáculo muito bem coreografado, não faz sentido assistir a apenas 50% dele. Então, se você não é chegado a multidões, não pretende despender soma considerável em um jantar privado e se contentaria em ver os fogos da sua suíte, reserve uma com vista “TOTAL” para os fogos com muita antecedência – lembrando que o jantar de ano novo oferecido no Four Seasons não contempla vista dos fogos, é realizado no restaurante térreo.

Tentamos fazer as reservas pelo site do hotel, mas elas ficam bloqueadas para este período do ano: a sugestão é contatar o hotel por telefone e/ou e-mail e colocar seu nome na lista, que eles entram em contato assim que o tarifário especial da data estiver pronto e as reservas liberadas. Há outras opções de hotéis do mesmo nível tarifário na região: o Intercontinental, na frente do Botanic Gardens e, um pouco mais longe, o Hilton na George Street.

Na semana do Réveillon, as maiores
multidões reúnem-se em Sydney.
A semana do réveillon atrai para Sydney um grande número de turistas que, somados aos moradores da periferia que vêm para a festa, traduz-se em cerca de um milhão de pessoas amontoadas nas ruas, parques, viadutos e praças ao redor de Circular Quay para ver a grande queima de fogos. No dia 31, muitas ruas e avenidas são fechadas, e os agentes da polícia tomam as ruas. Aos hospedados na região são entregues pulseirinhas e passes para permitir seu acesso de volta ao hotel – os lobbies são trancados e cercados por seguranças que só permitem sua passagem pelo cordão de isolamento depois de checar suas credenciais.

“The Rocks” fica num promontório e é a ponta da região conhecida como Central Business District ou CBD, cortada pelas ruas paralelas George e Pitt Street. É onde se concentram os escritórios, bancos e alguns dos principais centros de compras: o QVB ou Queen Victoria Building (antiga “casa” da rainha Victoria em Sydney, um lindo edifício construído circa 1800 em estilo romântico transformado em shopping center), e o shopping Westfield na Pitt Street.

Nossa jornada

Uma vez acomodados em nosso hotel – fizemos uma reserva com “early check-in” garantido, isto é, garantimos na reserva que nosso quarto estaria pronto e disponível no horário da nossa chegada (10:00 da manhã). Apesar da cobrança, que pode variar entre 30% a 50% de uma diária, depois de mais de 24 horas em trânsito, tomar um banho quente e descansar por alguns minutos antes de encarar nosso primeiro dia de viagem mostrou-se uma boa opção.

De posse do mapa fartamente distribuído na recepção do hotel e de muito protetor solar [2], pedimos ao concierge (de nacionalidade portuguesa e muito simpático) para nos indicar um restaurante para o almoço. Ele nos direcionou a Darling Harbour, um centro de entretenimento com inúmeros restaurantes, cinemas, museus e atrações, a cerca de 20 minutos de caminhada do hotel na direção sudeste – devemos dizer que voltaríamos outras vezes ao local, dada a facilidade e riqueza de opções oferecidas.

Darling Harbour: diversão certa
para os pequenos.
Darling Harbour é o destino certo de muitas famílias australianas nas férias. Os restaurantes margeando o braço de mar oferecem inúmeras opções e faixas de preço, desde redes de fast-food, passando por locais mais tradicionais, até um Hard Rock Café. Aqui também se localiza o Aquarium e o Wildlife Center, o Powerhouse Museum e o Maritime Museum (incluindo algumas embarcações históricas ancoradas e abertas à visitação) e o Chinese Garden.

Depois de um almoço à base de peixes e frutos do mar, ficamos rondando a região e deixando nossos filhos livres para se divertir nos parquinhos, paredes e redes de escalada, fontes e jardins – não preciso dizer que o caçula “pulou” e nadou na fonte/piscina de ondas, juntando-se aos inúmeros meninos australianos e forçando-nos a comprar toalha e uma muda de roupa ali mesmo. O café Guylian oferece deliciosos sorvetes e sobremesas e uma sombra bem vinda.

Darling Harbour organiza exposições e atrações especiais para cada época do ano. Confira a programação em http://www.darlingharbour.com/ , onde você pode também baixar um mapa em PDF com as principais atrações e serviços oferecidos. Fica em Darling Harbour o principal centro de convenções de Sydney, e portanto há várias opções de hospedagem a preços interessantes. Você também pode chegar e sair de Darling Harbour via ferry boat para Circular Quay.

Depois de explorar esta região de entretenimento, voltamos para o hotel, apreciando as áreas comerciais e construções imponentes da George Street e andamos até a famosa Sydney Opera House. As visitas guiadas já haviam terminado, então exploramos o entorno dessa que, junto com Brasília, são as únicas construções contemporâneas consideradas pela UNESCO Patrimônio da Humanidade (World Heritage Centers).
Opera House e Harbor Bridge.
A ópera é magnífica, você não consegue parar de olhar – e fotografar -de um lado, do outro, ela encanta e maravilha por ser tão inesperada. Seu telhado orgânico em forma de conchas, a forma como abraça a paisagem e parece reinar sobre ela... só vendo pessoalmente mesmo. À noite, eu não conseguia fechar as persianas da janela que dava para a ópera, ficava ali meio perplexa encarando-a e tentando entender como aquilo tinha saído do papel. Mais tarde, quando finalmente conseguimos fazer a visita guiada eu soube de toda história e só consegui ficar mais impressionada!

Happy Hour no Opera Bar.
Na lateral da ópera existe um bar/restaurante (Opera Bar) que fica “abarrotado” na Happy Hour com turistas e locais apreciando o pôr-do-sol. Mas esta não é a única opção: o trecho entre a ópera e Circular Quay é repleto de restaurantes, bares e lojas de souvenirs.

Depois de dormir mais de 10 horas tentando recuperar-nos do jet-lag, partimos para mais um dia de aventuras, dispostos a explorar o Toronga Zoo.

Toronga Zoo – com uma localização geográfica privilegiada, do outro lado do braço de mar em Sydney Harbor, este zoológico fundado em 1916 vale a visita apenas pela paisagem do trajeto, em ferry boat desde Circular Quay, e pela vista que se tem da cidade de seus pontos de observação.  Uma vez em Circular Quay, você rapidamente identifica o ferry para Toronga e pode comprar um pacote familiar que inclui a passagem ida e volta do ferry e as entradas para o zoo – custando em torno de (pasme) Au$ 200 para uma família de 4. Não espere encontrar hordas dos animais exclusivamente australianos: coalas, cangurus, dingos, ornitorrincos, diabos da tasmânia e equidinas. Você vê, sim, pelo menos um exemplar de cada, e o habitat dos coalas é bem interessante, mas há melhores opções para observar a vida animal nativa. O passeio até Toronga vale mesmo para, como dizer, passear? Você anda tranquilamente pelas alamedas, observa os animais, toma um sorvete, aprecia a vista de Sydney e tira muitas fotos. Depois pega o teleférico de volta para o píer e embarca de volta para Circular Quay.
Darling Harbour.

E, atendendo a pedidos, fomos de Circular Quay diretamente de volta a Darling Harbour para almoçar e fazer tudo de novo o que fizemos no dia anterior: mais parquinho, mais escalada, mais brincadeira no parque. Voltamos a pé para o hotel aproveitando para explorar o CBD e mais tarde emendamos um jantar em The Rocks, num restaurante japonês – que na Austrália são bem únicos e diferentes dos nossos, uma coisa mais “fusion” com toques de várias outras cozinhas orientais.

Sexta-feira, véspera do final de semana do Réveillon, resolvemos renovar as energias com um dia na praia. Já disse que nosso hotel era a beira-mar, mas beira-mar em Sydney não quer dizer praia...todo o braço de mar onde fica Sydney é isento de praias. É necessário sair para o oceano e rumar para o norte, se seu destino for a mais familiar e pitoresca Mainly Beach, ou para o sul se você optar pelo paraíso do surfe mundialmente conhecido como Bondi (leia-se “bondai”) Beach.

Mainly Beach.
Nós resolvemos começar por Mainly, justamente pela facilidade de locomoção. Mainly é alcançada por um ferry boat diretamente de Circular Quay, que deixa você a algumas quadras da famosa cidadezinha praiana. À primeira vista, parece uma Bertioga/Santos sem arranha-céus. Lojinhas vendendo surfwear, baldinhos de praia e protetor solar. Gente carregando guarda-sol, cadeira e prancha de surfe. Fomos seguindo a multidão até um grande guarda-sol azul do lado esquerdo da praia onde um grande sinal de “Rental” indicava a possibilidade de arranjarmos um lugar ao sol. Surpresa foi o valor – cerca de Au$ 40 por quatro cadeiras e dois guarda-sóis. Pagamento, só em dinheiro! Nos acomodamos e percebemos a agitação no mar entre duas bandeirinhas – o alto-falante logo esclareceu – banhos de mar apenas entre as tais bandeirinhas (uma faixa muito estreita no canto da praia) – fora delas apenas surfistas (e ocasionais tubarões, diga-se). E os caras são chatos: é só alguém se colocar fora da faixa e o salva-vidas soa seu apito ensurdecedor. A água é transparente, mas gelada. A caminhada na areia, gostosa. A praia estava tranqüila quando chegamos mas a cada minuto mais gente aparecia, até que ficou tudo lotado e já quase não avistávamos o mar: hora de partir.

Existe um excelente serviço de chuveiros e vestiários, mas nada de comer ou beber para se comprar na praia. Já estávamos famintos e escolhemos um dos muitos restaurantes de frente para a praia para um lanchinho e uma bebida gelada. Na volta, a caminho do ferry boat, aproveitamos para comprar camisetas e calções das marcas tradicionais australianas - Billabong, Quiksilver - assim como roupas de praia (camisetas de surfe e chapéus com proteção UV) – tudo por um preço muito bom e bem menor que no Brasil.

Voltamos para Sydney e direto para o hotel. Mais tarde tínhamos uma reserva para jantar às (pasmem) 18:30 no Rockpool, do chef-celebridade Neil Perry,  um dos mais famosos e icônicos restaurantes locais. As reservas http://www.rockpool.com/sydney/ estavam impossíveis, então achamos que era melhor não perder a chance. O restaurante serve um menu fixo com algumas opções de entradas e pratos que variam dia a dia e são servidas em seqüência por um preço fechado por pessoa. Alegremente descobrimos que o chef faria um macarrão ao sugo com bifinho para as crianças por um valor simbólico (ufa!). A conta é salgada, mas vale muito a pena. Os pratos são inventivos, saborosos, o serviço atencioso. As sobremesas, um caso à parte: a tradicional da casa atende pelo nome de Date Tart (torta de tâmaras) – deliciosa.

Mais pobres, mas felizes, voltamos para o hotel para descansar antes do grande – e último – dia do ano. Se você incluiu o Réveillon na sua estadia, não deixe de checar a programação e dicas na página oficial do evento em Sydney, onde você também pode baixar aplicativos para tablet e smartphone: http://www.sydneynewyearseve.com/.

Dia 31 já amanhece tumultuado. A George Street fechada ao trânsito, seguranças por todos os cantos, gente indo e vindo com mochilas, marmitas e cadeiras, já procurando uma posição para ver os fogos. Circular Quay apinhada de gente, caos. Pensamos em pegar uma praia em Bondi Beach mas fomos desaconselhados – todo o sistema de transporte é modificado para facilitar a chegada das pessoas ao local da festa. Então, saímos andando na direção do Royal Botanic Gardens, esperando explorar o local. Em vão...todos os portões fechados e uma imensa fila para entrar – aparentemente os Gardens também oferecem pontos de observação para os fogos e são tomados pela multidão. Continuamos andando e nos deparamos com o interessante Museum of Sydney, um pequeno museu instalado em um local histórico que pretende contar, em suas mostras interativas, a história da ocupação da Botany Bay e os primeiros tempos da colônia penal australiana. Seguimos pelo CDB até o Queen Victoria Building, passando pela prefeitura (Town Hall) e o Hyde Park.

Pausa para descanso antes das atividades noturnas se fazia necessária. Os fogos de artifício por aqui acontecem duas vezes – às 21 horas na versão que se chama de kids+family, mais curta – e às 24 horas em versão completa, coreografada e espetacular.

A dúvida do programa para a noite de réveillon – que não tínhamos pré-programado do Brasil – foi grande. Poderíamos fazer como a população local: aprontar uma cesta de piquenique, cobertores e passar o dia esperando pela festa no entorno da ponte e da ópera nos locais designados pela prefeitura. Ou comprarmos ingressos para algum dos inúmeros jantares oferecidos pelos estabelecimentos deste entorno, cada um com uma particular visibilidade da festa, todos cheios e caros.

O nosso concierge português, no dia em que chegamos a Sydney, recomendou um restaurante pequeno, com festa animada, banda ao vivo e cardápio fechado, bem no pé da ponte – o Waterfront. Vir até o outro lado do mundo e ficar no quarto do hotel não parecia razoável. Passar o dia todo, que amanheceu chuvoso – mais de 15 horas – com as crianças num piquenique apertado no meio da multidão também não nos apeteceu, então acatamos a sugestão, e compramos a mesa com tudo incluído (comida + bebida + entretenimento) no tal restaurante. O pagamento é feito no ato da reserva, no cartão, sem reembolso – cerca de Au$ 300 por adulto, Au$ 200 para crianças entre 9-15 anos.

Multidão a caminho do Réveillon.
O tempo melhorou radicalmente e, às 19 horas, quando saímos do hotel, o final da tarde estava resplandecente, céu azul alaranjado, temperatura agradável e as ruas, lotadas. Com nossos passes de hóspedes e as pulseirinhas que garantiriam nossa volta ao hotel depois da festa, fomos a pé, junto com a multidão em direção ao local do restaurante - os únicos vestidos de branco – a tradição brasileira inexiste por estas bandas. Fila e aglomeração na frente do acesso ao restaurante, que neste dia especial foi separado da área externa por grades altas. Essas grades separavam a multidão acampada dos clientes dos restaurantes enfileirados. Depois de alguns minutos de espera e empurra-empurra chegamos ao host que nos encaminhou até a mesa onde nos esperavam aperitivos e variados adornos (chapéus, máscaras, língua de sogra e apitos). O serviço era bom, a comida, satisfatória, e os vinhos locais, excelentes. O restaurante estava apinhado, a banda era agradável e a pista de dança estava fervendo – teve até apresentação de uma “mini” escola de samba brasileira!

Restaurante Waterfront
(sem as multidões).
Nos momentos da queima dos fogos – tanto às 21 como às 24, fomos para a frente do restaurante, apertados contra a grade para poder ver a festa – diferente do que imaginávamos, os fogos não são vistos das mesas, por conta da cobertura de lona e zinco dos restaurantes. Um pouco inusitado, pagar tão caro para ficar apertado contra a cerca, mas nada tão insuportável, pois ficamos ali apenas o suficiente – uns 15 minutos de espera, mais 20 minutos do espetáculo em si. O nosso caçula conseguiu ver fogos de ano novo pela primeira vez, às 21 e às 24. Enquanto nos espremíamos para o grande espetáculo, ele dormia tranquilamente em duas cadeiras transformadas em cama no restaurante.

Réveillon em Sydney.
Se você e sua família gostam de festa e celebração, vale a pena assistir aos fogos de Sydney, uma das mais famosas festas do tipo no mundo – mas há de se lembrar que o feriado lota a cidade, os programas turísticos nos dias 31 e 1 ficam prejudicados e o custo para aproveitar a festa de forma mais confortável (seja reservando a suíte com vista, seja no jantar) é considerável. Nós faríamos tudo de novo, adoramos a festa, os fogos, a oportunidade única!
Morcegos em Royal Botanic Gardens.
Dia 1º amanheceu resplandecente e a cidade voltando à rotina, apesar do feriado. Tiramos o dia para explorar o Royal Botanic Gardens, entrando pela ópera e contornando todo o entorno da beira-mar antes de partir para a área central. A programação do parque e mapas para impressão estão disponíveis no site http://www.rbgsyd.nsw.gov.au/.

Placa na entrada do parque.
Logo na entrada um grande sinal avisa: “pise na grama, sinta o odor das rosas, abrace as árvores, converse com os pássaros e faça um piquenique no gramado”. As vistas são lindas, os jardins exuberantes. Compramos um típico bumerangue australiano e ficamos brincando em um grande descampado. Continuamos caminhando a beira mar até a famosa Mrs. Macquarie’s Chair – uma rocha escavada em forma de cadeira para a Sra. Macquarie, Elisabeth, mulher do governador da colônia nos idos de 1810 - de onde se tem uma maravilhosa vista da ópera, da ponte e do skyline de Sydney.

Caminhando para o centro do parque paramos para admirar os lagos, as estufas, jardins e árvores, até que algumas chamaram nossa atenção. Era possível observar o que nos pareceu milhares de morcegos gigantes adormecidos de ponta cabeça. Na verdade, o nome correto é “flying foxes” ou “fruit-bats”: morcegos enormes que saem ao por do sol para buscar alimentos, em uma revoada de mais de 22.000 animais.
O serviço de comida e bebida do local deixa a desejar: na lanchonete central há mais opções, mas não espere um local atraente, o melhor é comprar a comida e comer no parque – ou, melhor ainda, preparar uma cesta de piquenique. Muitos hotéis oferecem o serviço em várias opções de sabores e valores! Saímos dos Gardens andando pela Hospital Road , passando pelo Mint Museum e adentrando o Hyde Park pela linda Archibald Fountain em frente à catedral (anglicana) da cidade, St. Mary’s.

Dia 2 partimos para nossa exploração australiana, mas na volta, antes de embarcar para o Brasil, ainda tivemos mais um final de semana nesta cidade e conseguimos explorar um pouco mais do seu entorno. Uma das atrações que tínhamos deixado para a volta foi a Harbor Bridge, a grande ponte que cruza o Harbor e unifica a Botany Bay.

Andando pela
Harbor Bridge.
Uma das atrações em voga hoje em dia é a escalada da ponte, que ficou famosa depois que a apresentadora americana Oprah Winfrey e sua equipe fizeram e transmitiram pela TV para o mundo inteiro ver – todos os detalhes estão disponíveis no site http://www.bridgeclimb.com/.

A subida é guiada e absolutamente cronometrada e controlada, além de cara: entre Au$ 200 e Au$ 300 por pessoa dependendo do pacote escolhido. E há, é claro, inúmeras exigências de altura, peso e condições de saúde. Durante sua estadia em Sydney você olha para a ponte e distingue os vultos de macacão azul indo e vindo pelo arco da ponte durante todo o dia (e noite). Nós preferimos atravessar a ponte como os cidadãos de Sydney o fazem: a pé pelo passeio lateral apropriado para isso (você também pode fazê-lo de bicicleta).

Entrada do Luna Park.
Nosso destino do outro lado da baía: Sydney Luna Park (http://www.lunaparksydney.com/) com seu famoso portal retratando um grande sol sorrindo, visível de todos os lados. O parque de diversões é antiquado: lembra os parques do interior, com carrinhos de “bate-bate”, túnel do amor, carrossel, aqueles brinquedos dos anos 70! Há várias opções de passes e o preço do ingresso cai 50% depois das 18 horas (o parque permanece aberto até às 23). Nós nos divertimos muito aqui....todos os comentários que tínhamos visto antes da viagem alertavam sobre o parque ser uma piada, uma grande “pegadinha”, mas, remando contra a maré, nós achamos uma delícia para uma viagem em família. Um oportunidade de apreciar uma linda vista e mostrar para as crianças como eram os parques da nossa infância.

Compramos um “passe” que incluía todas as atrações e valia para o período entre 18 e 23 horas. Andamos em todos os brinquedos, com filas tranqüilas, comemos cachorro quente, algodão doce, pipoca. Eles têm uma área livre com brinquedos como labirintos, tobogãs, balanços. Na saída uma surpresa: apesar da estação de ferry ser logo ali, praticamente dentro do parque, os bilhetes para voltar à Circular Quay não são vendidos na estação de Luna Park. Como fomos andando, teríamos que ter passado por Circular Quay para adquirir os bilhetes antes de atravessar a ponte... Fica o aviso. O jeito foi andar alguns quarteirões até achar um táxi de volta ao hotel.

Voltando a Sydney

Scenic World em Blue Mountains.
Para o nosso último final de semana em Aussieland, depois de ter conhecido o resto do país (contaremos mais adiante em outros posts), voltamos a Sydney. Havíamos reservado uma excursão de um dia inteiro pelas famosas Blue Mountains (http://www.bluemts.com.au/tourist/), uma cadeia montanhosa ao norte de Sydney com cidadezinhas pitorescas, lindas vistas, floresta nativa, cachoeiras e penhascos. Nosso concierge havia oferecido uma série de brochuras de empresas que organizam estes passeios, recomendando especialmente a empresa Dal Myles que trabalha com grupos menores e tem roteiros diferenciados (http://www.dalmylestours.com/). Há, no entanto, inúmeras outras opções, com roteiros mais elaborados, mais intimistas, mais populares, mais econômicos. Vale a pena olhar bastante antes de decidir. Além das opções centradas nas Blue Montains ainda há excursões para as vinícolas em Hunter Valley http://www.winecountry.com.au/ e passeios às famosas Jenolan Caves http://www.jenolancaves.org.au/.

Coala no Featherdale Park.
Optamos por um roteiro que incluísse uma visita ao Featherdale Wildlife Park, http://www.featherdale.com.au/, um centro de preservação da vida animal nativa da Australia, que faz um trabalho premiado com coalas e cangurus. O programa garantia acesso ao parque antes da abertura oficial dos portões, e portanto melhor chance de observar de perto os animais.

O dia escolhido para o passeio acabou revelando-se o pior possível. Chuva intermitente, neblina pesada e frio. A visita ao parque foi o que salvou o dia. Trata-se de um parque pequeno, sem luxos. As crianças alimentaram os cangurus na mão, acariciaram os coalas, viram toda espécie de animal de perto, sem multidões, com a supervisão de guias/pesquisadores que ofereciam explicações e respondiam a perguntas. Tomamos um gostoso e caseiro café da manhã, experimentamos e odiamos a iguaria típica australiana que atende pelo nome de “vegemite” – um extrato de levedura com consistência de geléia que eles passam no pão de forma – bom presente para os amigos não-tão-queridos! A visita foi um dos marcos da nossa viagem!

Blue Mountains: só neblina.
E então partimos para ver as Blue Mountains – e esse tornou-se o desafio, ver alguma coisa no meio de tanta chuva e neblina. Para não dizer que não vimos nada, em uma das caminhadas na relva (“bush walk”) paramos para observar um bando de cangurus gigantes divertindo-se no descampado. Segundo nosso guia Larry, as famosas “Three Sisters”, um conjunto de três formações rochosas em Katoomba, devido ao ótimo clima, são visíveis praticamente 360 dias por ano....e nós escolhemos um dos outros 5!

De qualquer forma, não desanimamos, colocamos nossas capas de chuva e completamos todo o percurso previsto na parada em Scenic World, um centro de visitantes (http://www.scenicworld.com.au/) que inclui um passeio de teleférico, caminhada, um curto passeio de trem e o brinde de champagne no final da aventura. Nas fotos, apenas neblina! Se você perguntar à família, eles dispensariam o passeio pelas montanhas para passar mais tempo com os animais em Featherdale, mas isso é o ponto de vista de quem não viu nada e enfrentou chuva e frio... De qualquer forma, a empresa foi fiel ao programa e o guia era muito bem preparado e experiente. Na volta, quando acessamos o site e vimos o que era que deveríamos ter visto demos muitas risadas!

E o último dia chegou. Eram tantas atrações que ainda não tínhamos visto, mesmo depois de 7 dias na cidade, que foi difícil decidir o que fazer. Ficamos com um tour pela Opera House, que, afinal, tinha sido muito marcante na viagem para não ser vista e entendida mais profundamente.

Interior da Ópera.
Caminhando até a ópera em Bennelong Place, você avista um quiosque que funciona como uma bilheteria que vende ingressos para a visita guiada, que leva grupos pequenos em horários marcados para explorar o complexo e entender sua história. Conseguimos ingresso para a visita que começaria em 1 hora – aqui fica a primeira dica, comprar ingressos com antecedência. Esperamos fazendo hora no Opera Bar e tirando fotos externas até encontrarmos nosso guia e recebermos nossos aparelhos de áudio para acompanhar a narrativa ao vivo. 

A programação da ópera é extensa nos meses de verão, principalmente nos finais de semana (http://www.sydneyoperahouse.com) . Se você quiser assistir a um dos espetáculos, melhor adquirir seus ingressos na internet antes mesmo de partir. Há várias salas de espetáculo dentro da ópera e não uma única, como pensamos inicialmente. Apenas duas apresentam o interior rebuscado e refletem o projeto acústico previsto para a obra (Concert Hall e Opera Theatre), as outras são modernas salas para apresentação de pequenos espetáculos - pocket shows. Prefira uma das salas principais, de preferência o Concert Hall.

A visita começa com um filme que conta a complicada epopéia desta construção que consumiu aproximadamente 100 milhões de dólares e se estendeu por mais de 14 anos. Seu arquiteto, Jorn Utzon, morreu sem nunca ter visto sua obra-prima pronta, depois de ser despedido pelo governo australiano pela demora e constantes furos orçamentários. De volta à Suécia, após muitos anos, acabou fazendo as pazes com o governo, mas já não gozava de saúde para fazer a longa viagem a Sydney. Em 1957 quando desenhou os esboços que submeteu ao concurso público internacional que escolheria o projeto vencedor, Utzon não tinha idéia dos desafios de engenharia que suas conchas orgânicas representariam. Foram anos até que soluções fossem encontradas para tirar o projeto do papel.

Azulejos da Ópera.
Ao contrário do que parece, a ópera não é branca, é bege e seus telhados em forma de conchas são revestidos de azulejos quadrados em várias tonalidades de bege. É com esta explicação que começa a visita em si, que percorre todas as arenas de espetáculos e explica a sua complexidade e sofisticação.  A coisa toda é um pouco burocrática, mas imperdível. A ópera é única, de tirar o fôlego. E vale lembrar que a ópera tem um restaurante romântico e elegante tido como um dos mais sofisticados de Sydney: Guillaume at Bennelong – reservas mais do que recomendadas!

Bondi Beach.
Saindo da ópera rumamos a mais um destino ainda inexplorado: Bondi Beach, a famosa meca do surfe a cerca de 15 minutos de taxi de Circular Quay. O tempo ainda nublado afugentava as multidões e apenas alguns turistas desafiavam a água gelada. A praia lembra Mainly, mas não tem o mesmo charme. Há uma série de restaurantes interessantes, principalmente os italianos. Escolhemos o Bondi Trattoria com linda vista para a praia. Andamos pela orla sob uma chuva fina e avistamos o prédio onde foi fundada a Speedo em 1928.

Hora de voltar para o hotel e começar a empacotar as coisas para o retorno. Persianas abertas, a ópera totalmente iluminada. De repente, as crianças começam a gritar por nós: um espetáculo de fogos começava nos céus da baia: um mini-reveillon! Mais tarde soubemos que entre dia 31/12 e o dia da Austrália, em 26/01, a prefeitura prepara estes mini-shows para celebrar o verão. Para nós, pareceu um lindo presente de despedida.



[1] Os hotéis de Sydney não eram renovados desde o boom de hotelaria que coincidiu com a realização dos jogos olímpicos de 2000 que colocaram Sydney no mapa do turismo internacional, rumores são que a partir de 2011 os principais hotéis da cidades iriam sucessivamente fechar para reforma até que se complete um novo ciclo de renovação.

[2] A Austrália tem uma séria preocupação com o câncer de pele, tem os índices mais altos de ocorrência da doença do planeta, chapéus e protetor solar são obrigatórios nas escolas, comerciais contrários ao hábito de expor-se ao sol ou contrair um bronzeado são inúmeros e de uma sinceridade marcante (“Seu bronzeado mata”). Você acha protetor solar gratuitamente (como álcool gel no Brasil) em hotéis, lojas, atrações turísticas. Os preços são subsidiados, a qualidade excelente - vale deixar para comprar por lá e ainda trazer um pote para casa. 

Comentários

  1. Super Obrigada pelas dicas. Estou começando a organizar nosso reveillon familiar em Sydney e como podia prever teremos que ficar em algum hotel proximo (e caro) dos fogos senão teremos problemas de transporte na volta, certo?


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    1. Acredito que se vcs se hospedarem na regiāo do CBD ou Darling Harbor, conseguirão voltar andando até o hotel caminhando iuns vinte e poucos minutos. O policiamento parece massivo e eficiente, mas há os que se excedem e uma certa multidão, como na saida de um show de rock! Já uma hospedagem do lado de lá do Harbor implicaria em ver os fpgos de algum ponto do lado de lá também! Tudo para evitar o congestionamento em Circular Quay!

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  2. Obrigada pelas dicas! Vamos esse ano em família e estamos montando um roteiro com base no seu. O que vc acha do réveillon nos barcos?

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    1. Lu, veja abaixo a resposta da autora do post:
      "Na noite do Reveillon a gente vê muitos barcos na baia toda, desde pequenos "botes" a mega iates - é um trânsito marítimo intenso e o mar não é assim lisinho não. Vários barcos também são especialmente iluminados e fazem um desfile antes da primeira queima de fogos, inclusive algumas réplicas de barcos antigos. Quando em Darling Harbour vi vários cartazes afixados nos barcos oferecendo pacotes para o Réveillon, mas minha memória do evento Bateau Mouche no Réveillon do Rio (eu não sei nadar!) não me deixou explorar essa possibilidade. Além da falta de mobilidade, você depende da programação do barco para ir e voltar, não pode pedir para ir embora porque alguém enjoou ou passou mal.... Os barcos parecem sim ter uma vista privilegiada do evento, desde que consigam se colocar entre a ponte e a ópera. Acho que o importante é a leitora confirmar onde o barco irá estar no momento das queimas, pois o controle deve ser rigoroso e o transito é mesmo intenso - para evitar se desapontar. (um de nossos guias mencionou que a taxa de barcos per capita em Sydney é das maiores do mundo). Eu enviaria um email ao concierge do hotel pedindo uma indicação - se eles estão acostumados a andar de barco pode ser, sim, uma possibilidade."

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  3. Adorei suas dicas! Irei passar o ano novo em Sydney com meu marido e duas crianças (7 e 10 anos) e queria umas dicas: você usou stroller lá? Porque pelo visto a gente tem que andar bastante e naõ sei se as crianças aguentariam. O hotel que ficarei se chama The Sydney Boulevard Hotel e é no pé do The Royal Botanical Garden, pelo que vi no site, fica no CBD. Você acha que é bem localizado e de fácil locomoção para a festa do ano novo? Agradeço a sua ajuda e adorei seu blog!

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    1. Veja a opinião da autora do post:
      "O seu hotel fica bem localizado, na entrada do Royal Botanic Gardens do lado da cidade, há uns 2 km e pouco da área de Circular Quay (que dá acesso à Harbor Bridge e à Ópera) ao redor do qual ficam os melhores pontos para a observação dos fogos. A polícia fecha as entradas aos Gardens no dia 31 desde muito cedo e há filas nas portas de acesso para controlar a entrada - pois há muitos lugares excelentes lá dentro para ver os fogos! Você não consegue passear pelos Gardens neste dia, nem cortar caminho! O mesmo vale para a região de Circular Quay, inclusive o viaduto que existe ali, fica tudo fechado ao trânsito. Assim, acho sim aconselhável um carrinho para a criança de 7 anos pois todos os percursos deverão ser feitos a pé! Apesar da aglomeração e de haver alguns mais exaltados, a maioria da população é bem educada e locomove-se com tranquilidade. Vi várias crianças em carrinhos e idosos em cadeiras de rodas. Acho importante vocês pensarem com cuidado sobre onde desejam assistir aos fogos e se vão ficar para o das 9 horas e sair ou se conseguem esperar pela segunda vez (muito mais espetacular) à meia-noite. Se vocês optarem por assistir aos fogos nas áreas públicas, devem se preparar para ficar a maior parte do dia sentados aguardando - muitas pessoas chegam antes mesmo das 9 da manhã. Se quiserem ver os fogos de dentro dos Gardens, atentem para o que pode ser levado (acho que vidros e alguns outros itens não são permitidos). Se vocês preferirem andar até Circular Quay, lembrem-se que há milhões de pessoas caminhando para o mesmo local e alguma aglomeração, mas nada absurdo. Se optarem por um jantar privado em restaurante ou passeio de barco, receberão instruções específicas sobre o horário e o local a chegar - mesmo assim, adiantem-se. No nosso caso, rapidamente chegamos ao restaurante, mas a fila para checar os convites e esperar pela "hostess" durou quase meia-hora e havia vários lances de escada envolvidos. Os restaurantes costumam vender "todo o espaço" e acho difícil em muitos deles vocês conseguirem "estacionar" o carrinho perto da mesa. Assim, se você optar por um desses eventos, peça ao concierge do hotel que cheque para você esses detalhes e nunca deixe objetos de valor guardados no carrinho!"

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  4. Oi! Adorei suas dicas! Estou planejando uma viagem pra Austrália no fim do ano e gostaria de saber se o metrô e o trem funcionam na noite de ano novo. Os hotéis próximos à Harbour Bridge já estão lotados ou têm preços muito exorbitantes e acabamos reservando um a 3 km de lá. É seguro ir andando essa distância?

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    1. sim o sistema de transporte funciona e é especialmente adequado aos horarios de pico in e out of the city. Só que obviamente lota e a espera e aglomeração existem, sem dúvida. É primeiro mundo, mas não é Suiça! Caminhar é tranquilo, as ruas extremamente bem policiadas, mas tem gente bebendo e fazendo folia. Tem um site especial para o ano novo da cidade que indica os horarios dos sistemas de transporte, ruas bloqueadas ao trafico e tal, http://www.sydneynewyearseve.com/. Ele pode olhar e se planejar. Eu tentaria percorrer o trajeto dias antes para checar que dava conta!

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  5. ola! pretendemos viajar pra sydney no ano novo! é possivel ver os fogos do intercontineltal com o quarto com vista pro opera?

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    1. Olá, segue a resposta da autora do post:
      "nosso leitor precisa lembrar que os fogos acontecem simultaneamente na ópera e na ponte… Assim mesmo que o hotel tenha vista para a ópera, não verá a ponte...De qualquer forma, o único hotel que reportaram a época permite uma boa visualização do espetáculo é o Park Hyatt, pois fica numa “ponta” mais próximo da baía. O Four Seasons onde ficamos permite dos quartos com vista para a ópera uma visualização parcial (há quartos com visualização da ponte e da ópera, mas custam caríssimos e são reservados com muita antecedência).O Intercontinental deve ser o mesmo caso do Four Seasons, se a descrição fala em vista da ópera apenas a vista dos fogos será parcial. Vale ressaltar que no Four Seasons não há restaurante/piscina ou área pública no último andar, então a vista disponível é mesmo a do seu quarto…não sei como é o Intercontinental! Lembrando que o espetáculo é longo e inclui desfiles de barcos iluminados, shows de toda espécie e duas rodadas de fogos, eu não ficaria no meu quarto de hotel… E lembre o leitor que toda a área do Intercontinental fica fechada ao trânsito e tem a circulação controlada durante a noite por conta da multidão - esse hotel é bem na frente da entrada do Botanic Gardens que lota abarrota para ver os fogos desde muito cedo no dia 31 - não dá para visitar o lugar nesse dia!"

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