Por: M.C.Carvalho
Sydney
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Sydney vista do quarto do hotel. |
Foi
justamente a primeira área de ocupação, ladeando o porto e a beira-mar (sem
praia), que escolhemos para nos hospedar. Conhecida como “The Rocks”, esta
região, adjacente ao já mencionado trio que constitui as principais atrações
turísticas da cidade, engloba hotéis, restaurantes e os ferry boats e trens que
partem de Circular Quay, a central de transporte mais importante da
cidade. Para os paulistanos, uma sofisticada Sé com serviço marítimo!
Os dois principais hotéis da região, o Park Hyatt e o Four Seasons são especialmente procurados no réveillon pela sua proximidade com o local da festa de queima de fogos, e pela visão do espetáculo que alguns de seus quartos proporcionam. Reservas devem ser feitas com a máxima antecedência possível, normalmente envolvem um mínimo de três a quatro noites de hospedagem e tarifas 50% mais altas do que em qualquer outra noite do ano.
O Park Hyatt, que estava fechado para reformas [1] – acaba de ser reaberto – fica logo abaixo da Harbor Bridge e proporciona ótima localização para o espetáculo. O Four Seasons, onde ficamos, está muito bem localizado também, mas a geometria de sua construção faz com que alguns quartos tenham vista apenas para a ópera e outros apenas para a ponte, e como os fogos acontecem em ambos, em um espetáculo muito bem coreografado, não faz sentido assistir a apenas 50% dele. Então, se você não é chegado a multidões, não pretende despender soma considerável em um jantar privado e se contentaria em ver os fogos da sua suíte, reserve uma com vista “TOTAL” para os fogos com muita antecedência – lembrando que o jantar de ano novo oferecido no Four Seasons não contempla vista dos fogos, é realizado no restaurante térreo.
Tentamos fazer as reservas pelo site do hotel, mas elas ficam bloqueadas para este período do ano: a sugestão é contatar o hotel por telefone e/ou e-mail e colocar seu nome na lista, que eles entram em contato assim que o tarifário especial da data estiver pronto e as reservas liberadas. Há outras opções de hotéis do mesmo nível tarifário na região: o Intercontinental, na frente do Botanic Gardens e, um pouco mais longe, o Hilton na George Street.
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Na semana do Réveillon, as maiores multidões reúnem-se em Sydney. |
“The
Rocks” fica num promontório e é a ponta da região conhecida como Central
Business District ou CBD, cortada pelas ruas paralelas George e Pitt Street. É
onde se concentram os escritórios, bancos e alguns dos principais centros de
compras: o QVB ou Queen Victoria Building (antiga “casa” da rainha Victoria em
Sydney, um lindo edifício construído circa 1800 em estilo romântico transformado
em shopping center), e o shopping Westfield na Pitt Street.
Uma vez acomodados em nosso hotel – fizemos uma reserva com “early check-in” garantido, isto é, garantimos na reserva que nosso quarto estaria pronto e disponível no horário da nossa chegada (10:00 da manhã). Apesar da cobrança, que pode variar entre 30% a 50% de uma diária, depois de mais de 24 horas em trânsito, tomar um banho quente e descansar por alguns minutos antes de encarar nosso primeiro dia de viagem mostrou-se uma boa opção.
De
posse do mapa fartamente distribuído na recepção do hotel e de muito protetor
solar [2], pedimos
ao concierge (de nacionalidade
portuguesa e muito simpático) para nos indicar um restaurante para o almoço. Ele
nos direcionou a Darling Harbour, um centro de entretenimento com inúmeros
restaurantes, cinemas, museus e atrações, a cerca de 20 minutos de caminhada do
hotel na direção sudeste – devemos dizer que voltaríamos outras vezes ao local,
dada a facilidade e riqueza de opções oferecidas.
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Darling Harbour: diversão certa para os pequenos. |
Depois de um almoço à base de peixes e frutos do mar, ficamos rondando a região e deixando nossos filhos livres para se divertir nos parquinhos, paredes e redes de escalada, fontes e jardins – não preciso dizer que o caçula “pulou” e nadou na fonte/piscina de ondas, juntando-se aos inúmeros meninos australianos e forçando-nos a comprar toalha e uma muda de roupa ali mesmo. O café Guylian oferece deliciosos sorvetes e sobremesas e uma sombra bem vinda.
Darling Harbour organiza exposições e atrações especiais para cada época do ano. Confira a programação em http://www.darlingharbour.com/ , onde você pode também baixar um mapa em PDF com as principais atrações e serviços oferecidos. Fica em Darling Harbour o principal centro de convenções de Sydney, e portanto há várias opções de hospedagem a preços interessantes. Você também pode chegar e sair de Darling Harbour via ferry boat para Circular Quay.
Depois de explorar esta região de
entretenimento, voltamos para o hotel, apreciando as áreas comerciais e
construções imponentes da George Street e andamos até a famosa Sydney Opera
House. As visitas guiadas já haviam terminado, então exploramos o entorno dessa
que, junto com Brasília, são as únicas construções contemporâneas consideradas
pela UNESCO Patrimônio da Humanidade (World Heritage Centers).
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Opera House e Harbor Bridge. |
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Happy Hour no Opera Bar. |
Depois de dormir mais de 10 horas tentando recuperar-nos do jet-lag, partimos para mais um dia de aventuras, dispostos a explorar o Toronga Zoo.
Toronga
Zoo – com uma localização geográfica
privilegiada, do outro lado do braço de mar em Sydney Harbor, este zoológico
fundado em 1916 vale a visita apenas pela paisagem do trajeto, em ferry boat desde Circular Quay, e pela
vista que se tem da cidade de seus pontos de observação. Uma vez em Circular Quay, você rapidamente
identifica o ferry para Toronga e
pode comprar um pacote familiar que inclui a passagem ida e volta do ferry e as entradas para o zoo – custando
em torno de (pasme) Au$ 200 para uma família de 4. Não espere encontrar hordas
dos animais exclusivamente australianos: coalas, cangurus, dingos, ornitorrincos,
diabos da tasmânia e equidinas. Você vê, sim, pelo menos um exemplar de cada, e
o habitat dos coalas é bem interessante, mas há melhores opções para observar a
vida animal nativa. O passeio até Toronga vale mesmo para, como dizer, passear?
Você anda tranquilamente pelas alamedas, observa os animais, toma um sorvete,
aprecia a vista de Sydney e tira muitas fotos. Depois pega o teleférico de
volta para o píer e embarca de volta para Circular Quay.
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Darling Harbour. |
E,
atendendo a pedidos, fomos de Circular Quay diretamente de volta a Darling
Harbour para almoçar e fazer tudo de novo o que fizemos no dia anterior: mais
parquinho, mais escalada, mais brincadeira no parque. Voltamos a pé para o
hotel aproveitando para explorar o CBD e mais tarde emendamos um jantar em The
Rocks, num restaurante japonês – que na Austrália são bem únicos e diferentes
dos nossos, uma coisa mais “fusion”
com toques de várias outras cozinhas orientais.
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Mainly Beach. |
Existe um excelente serviço de chuveiros e vestiários, mas nada de comer ou beber para se comprar na praia. Já estávamos famintos e escolhemos um dos muitos restaurantes de frente para a praia para um lanchinho e uma bebida gelada. Na volta, a caminho do ferry boat, aproveitamos para comprar camisetas e calções das marcas tradicionais australianas - Billabong, Quiksilver - assim como roupas de praia (camisetas de surfe e chapéus com proteção UV) – tudo por um preço muito bom e bem menor que no Brasil.
Voltamos
para Sydney e direto para o hotel. Mais tarde tínhamos uma reserva para jantar
às (pasmem) 18:30 no Rockpool, do chef-celebridade Neil Perry, um dos mais famosos e icônicos restaurantes
locais. As reservas http://www.rockpool.com/sydney/ estavam
impossíveis, então achamos que era melhor não perder a chance. O restaurante
serve um menu fixo com algumas opções de entradas e pratos que variam dia a dia
e são servidas em seqüência por um preço fechado por pessoa. Alegremente
descobrimos que o chef faria um macarrão ao sugo com bifinho para as crianças
por um valor simbólico (ufa!). A conta é salgada, mas vale muito a pena. Os
pratos são inventivos, saborosos, o serviço atencioso. As sobremesas, um caso à
parte: a tradicional da casa atende pelo nome de Date Tart (torta de tâmaras) –
deliciosa.
Mais pobres, mas felizes, voltamos para o hotel para descansar antes do grande – e último – dia do ano. Se você incluiu o Réveillon na sua estadia, não deixe de checar a programação e dicas na página oficial do evento em Sydney, onde você também pode baixar aplicativos para tablet e smartphone: http://www.sydneynewyearseve.com/.
Dia
31 já amanhece tumultuado. A George Street fechada ao trânsito, seguranças por
todos os cantos, gente indo e vindo com mochilas, marmitas e cadeiras, já
procurando uma posição para ver os fogos. Circular Quay apinhada de gente,
caos. Pensamos em pegar uma praia em Bondi Beach mas fomos desaconselhados –
todo o sistema de transporte é modificado para facilitar a chegada das pessoas
ao local da festa. Então, saímos andando na direção do Royal Botanic Gardens,
esperando explorar o local. Em vão...todos os portões fechados e uma imensa
fila para entrar – aparentemente os Gardens também oferecem pontos de
observação para os fogos e são tomados pela multidão. Continuamos andando e nos
deparamos com o interessante Museum of Sydney, um pequeno museu instalado em um
local histórico que pretende contar, em suas mostras interativas, a história da
ocupação da Botany Bay e os primeiros tempos da colônia penal australiana.
Seguimos pelo CDB até o Queen Victoria Building, passando pela prefeitura (Town
Hall) e o Hyde Park.
Pausa para descanso antes das atividades noturnas se fazia necessária. Os fogos de artifício por aqui acontecem duas vezes – às 21 horas na versão que se chama de kids+family, mais curta – e às 24 horas em versão completa, coreografada e espetacular.
A dúvida do programa para a noite de réveillon – que não tínhamos pré-programado do Brasil – foi grande. Poderíamos fazer como a população local: aprontar uma cesta de piquenique, cobertores e passar o dia esperando pela festa no entorno da ponte e da ópera nos locais designados pela prefeitura. Ou comprarmos ingressos para algum dos inúmeros jantares oferecidos pelos estabelecimentos deste entorno, cada um com uma particular visibilidade da festa, todos cheios e caros.
O nosso concierge português, no dia em que chegamos a Sydney, recomendou um restaurante pequeno, com festa animada, banda ao vivo e cardápio fechado, bem no pé da ponte – o Waterfront. Vir até o outro lado do mundo e ficar no quarto do hotel não parecia razoável. Passar o dia todo, que amanheceu chuvoso – mais de 15 horas – com as crianças num piquenique apertado no meio da multidão também não nos apeteceu, então acatamos a sugestão, e compramos a mesa com tudo incluído (comida + bebida + entretenimento) no tal restaurante. O pagamento é feito no ato da reserva, no cartão, sem reembolso – cerca de Au$ 300 por adulto, Au$ 200 para crianças entre 9-15 anos.
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Multidão a caminho do Réveillon. |
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Restaurante Waterfront (sem as multidões). |
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Réveillon em Sydney. |
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Morcegos em Royal Botanic Gardens. |
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Placa na entrada do parque. |
Caminhando para o centro do parque paramos para admirar os lagos, as estufas, jardins e árvores, até que algumas chamaram nossa atenção. Era possível observar o que nos pareceu milhares de morcegos gigantes adormecidos de ponta cabeça. Na verdade, o nome correto é “flying foxes” ou “fruit-bats”: morcegos enormes que saem ao por do sol para buscar alimentos, em uma revoada de mais de 22.000 animais.
Dia 2 partimos para nossa exploração australiana, mas na volta, antes de embarcar para o Brasil, ainda tivemos mais um final de semana nesta cidade e conseguimos explorar um pouco mais do seu entorno. Uma das atrações que tínhamos deixado para a volta foi a Harbor Bridge, a grande ponte que cruza o Harbor e unifica a Botany Bay.
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Andando pela Harbor Bridge. |
A subida é guiada e absolutamente cronometrada e controlada, além de cara: entre Au$ 200 e Au$ 300 por pessoa dependendo do pacote escolhido. E há, é claro, inúmeras exigências de altura, peso e condições de saúde. Durante sua estadia em Sydney você olha para a ponte e distingue os vultos de macacão azul indo e vindo pelo arco da ponte durante todo o dia (e noite). Nós preferimos atravessar a ponte como os cidadãos de Sydney o fazem: a pé pelo passeio lateral apropriado para isso (você também pode fazê-lo de bicicleta).
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Entrada do Luna Park. |
Compramos um “passe” que incluía todas as atrações e valia para o período entre 18 e 23 horas. Andamos em todos os brinquedos, com filas tranqüilas, comemos cachorro quente, algodão doce, pipoca. Eles têm uma área livre com brinquedos como labirintos, tobogãs, balanços. Na saída uma surpresa: apesar da estação de ferry ser logo ali, praticamente dentro do parque, os bilhetes para voltar à Circular Quay não são vendidos na estação de Luna Park. Como fomos andando, teríamos que ter passado por Circular Quay para adquirir os bilhetes antes de atravessar a ponte... Fica o aviso. O jeito foi andar alguns quarteirões até achar um táxi de volta ao hotel.
Voltando a Sydney
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Scenic World em Blue Mountains. |
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Coala no Featherdale Park. |
O dia escolhido para o passeio acabou revelando-se o pior possível. Chuva intermitente, neblina pesada e frio. A visita ao parque foi o que salvou o dia. Trata-se de um parque pequeno, sem luxos. As crianças alimentaram os cangurus na mão, acariciaram os coalas, viram toda espécie de animal de perto, sem multidões, com a supervisão de guias/pesquisadores que ofereciam explicações e respondiam a perguntas. Tomamos um gostoso e caseiro café da manhã, experimentamos e odiamos a iguaria típica australiana que atende pelo nome de “vegemite” – um extrato de levedura com consistência de geléia que eles passam no pão de forma – bom presente para os amigos não-tão-queridos! A visita foi um dos marcos da nossa viagem!
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Blue Mountains: só neblina. |
De qualquer forma, não desanimamos, colocamos nossas capas de chuva e completamos todo o percurso previsto na parada em Scenic World, um centro de visitantes (http://www.scenicworld.com.au/) que inclui um passeio de teleférico, caminhada, um curto passeio de trem e o brinde de champagne no final da aventura. Nas fotos, apenas neblina! Se você perguntar à família, eles dispensariam o passeio pelas montanhas para passar mais tempo com os animais em Featherdale, mas isso é o ponto de vista de quem não viu nada e enfrentou chuva e frio... De qualquer forma, a empresa foi fiel ao programa e o guia era muito bem preparado e experiente. Na volta, quando acessamos o site e vimos o que era que deveríamos ter visto demos muitas risadas!
E o último dia chegou. Eram tantas atrações que ainda não tínhamos visto, mesmo depois de 7 dias na cidade, que foi difícil decidir o que fazer. Ficamos com um tour pela Opera House, que, afinal, tinha sido muito marcante na viagem para não ser vista e entendida mais profundamente.
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Interior da Ópera. |
A programação da ópera é extensa nos meses de verão, principalmente nos finais de semana (http://www.sydneyoperahouse.com) . Se você quiser assistir a um dos espetáculos, melhor adquirir seus ingressos na internet antes mesmo de partir. Há várias salas de espetáculo dentro da ópera e não uma única, como pensamos inicialmente. Apenas duas apresentam o interior rebuscado e refletem o projeto acústico previsto para a obra (Concert Hall e Opera Theatre), as outras são modernas salas para apresentação de pequenos espetáculos - pocket shows. Prefira uma das salas principais, de preferência o Concert Hall.
A visita começa com um filme que conta a complicada epopéia desta construção que consumiu aproximadamente 100 milhões de dólares e se estendeu por mais de 14 anos. Seu arquiteto, Jorn Utzon, morreu sem nunca ter visto sua obra-prima pronta, depois de ser despedido pelo governo australiano pela demora e constantes furos orçamentários. De volta à Suécia, após muitos anos, acabou fazendo as pazes com o governo, mas já não gozava de saúde para fazer a longa viagem a Sydney. Em 1957 quando desenhou os esboços que submeteu ao concurso público internacional que escolheria o projeto vencedor, Utzon não tinha idéia dos desafios de engenharia que suas conchas orgânicas representariam. Foram anos até que soluções fossem encontradas para tirar o projeto do papel.
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Azulejos da Ópera. |
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Bondi Beach. |
Hora de voltar para o hotel e começar a empacotar as coisas para o retorno. Persianas abertas, a ópera totalmente iluminada. De repente, as crianças começam a gritar por nós: um espetáculo de fogos começava nos céus da baia: um mini-reveillon! Mais tarde soubemos que entre dia 31/12 e o dia da Austrália, em 26/01, a prefeitura prepara estes mini-shows para celebrar o verão. Para nós, pareceu um lindo presente de despedida.
[2] A Austrália tem uma séria
preocupação com o câncer de pele, tem os índices mais altos de ocorrência da
doença do planeta, chapéus e protetor solar são obrigatórios nas escolas,
comerciais contrários ao hábito de expor-se ao sol ou contrair um bronzeado são
inúmeros e de uma sinceridade marcante (“Seu bronzeado mata”). Você acha
protetor solar gratuitamente (como álcool gel no Brasil) em hotéis, lojas,
atrações turísticas. Os preços são subsidiados, a qualidade excelente - vale deixar
para comprar por lá e ainda trazer um pote para casa.
Super Obrigada pelas dicas. Estou começando a organizar nosso reveillon familiar em Sydney e como podia prever teremos que ficar em algum hotel proximo (e caro) dos fogos senão teremos problemas de transporte na volta, certo?
ResponderExcluirAcredito que se vcs se hospedarem na regiāo do CBD ou Darling Harbor, conseguirão voltar andando até o hotel caminhando iuns vinte e poucos minutos. O policiamento parece massivo e eficiente, mas há os que se excedem e uma certa multidão, como na saida de um show de rock! Já uma hospedagem do lado de lá do Harbor implicaria em ver os fpgos de algum ponto do lado de lá também! Tudo para evitar o congestionamento em Circular Quay!
ExcluirObrigada pelas dicas! Vamos esse ano em família e estamos montando um roteiro com base no seu. O que vc acha do réveillon nos barcos?
ResponderExcluirLu, veja abaixo a resposta da autora do post:
Excluir"Na noite do Reveillon a gente vê muitos barcos na baia toda, desde pequenos "botes" a mega iates - é um trânsito marítimo intenso e o mar não é assim lisinho não. Vários barcos também são especialmente iluminados e fazem um desfile antes da primeira queima de fogos, inclusive algumas réplicas de barcos antigos. Quando em Darling Harbour vi vários cartazes afixados nos barcos oferecendo pacotes para o Réveillon, mas minha memória do evento Bateau Mouche no Réveillon do Rio (eu não sei nadar!) não me deixou explorar essa possibilidade. Além da falta de mobilidade, você depende da programação do barco para ir e voltar, não pode pedir para ir embora porque alguém enjoou ou passou mal.... Os barcos parecem sim ter uma vista privilegiada do evento, desde que consigam se colocar entre a ponte e a ópera. Acho que o importante é a leitora confirmar onde o barco irá estar no momento das queimas, pois o controle deve ser rigoroso e o transito é mesmo intenso - para evitar se desapontar. (um de nossos guias mencionou que a taxa de barcos per capita em Sydney é das maiores do mundo). Eu enviaria um email ao concierge do hotel pedindo uma indicação - se eles estão acostumados a andar de barco pode ser, sim, uma possibilidade."
Adorei suas dicas! Irei passar o ano novo em Sydney com meu marido e duas crianças (7 e 10 anos) e queria umas dicas: você usou stroller lá? Porque pelo visto a gente tem que andar bastante e naõ sei se as crianças aguentariam. O hotel que ficarei se chama The Sydney Boulevard Hotel e é no pé do The Royal Botanical Garden, pelo que vi no site, fica no CBD. Você acha que é bem localizado e de fácil locomoção para a festa do ano novo? Agradeço a sua ajuda e adorei seu blog!
ResponderExcluirVeja a opinião da autora do post:
Excluir"O seu hotel fica bem localizado, na entrada do Royal Botanic Gardens do lado da cidade, há uns 2 km e pouco da área de Circular Quay (que dá acesso à Harbor Bridge e à Ópera) ao redor do qual ficam os melhores pontos para a observação dos fogos. A polícia fecha as entradas aos Gardens no dia 31 desde muito cedo e há filas nas portas de acesso para controlar a entrada - pois há muitos lugares excelentes lá dentro para ver os fogos! Você não consegue passear pelos Gardens neste dia, nem cortar caminho! O mesmo vale para a região de Circular Quay, inclusive o viaduto que existe ali, fica tudo fechado ao trânsito. Assim, acho sim aconselhável um carrinho para a criança de 7 anos pois todos os percursos deverão ser feitos a pé! Apesar da aglomeração e de haver alguns mais exaltados, a maioria da população é bem educada e locomove-se com tranquilidade. Vi várias crianças em carrinhos e idosos em cadeiras de rodas. Acho importante vocês pensarem com cuidado sobre onde desejam assistir aos fogos e se vão ficar para o das 9 horas e sair ou se conseguem esperar pela segunda vez (muito mais espetacular) à meia-noite. Se vocês optarem por assistir aos fogos nas áreas públicas, devem se preparar para ficar a maior parte do dia sentados aguardando - muitas pessoas chegam antes mesmo das 9 da manhã. Se quiserem ver os fogos de dentro dos Gardens, atentem para o que pode ser levado (acho que vidros e alguns outros itens não são permitidos). Se vocês preferirem andar até Circular Quay, lembrem-se que há milhões de pessoas caminhando para o mesmo local e alguma aglomeração, mas nada absurdo. Se optarem por um jantar privado em restaurante ou passeio de barco, receberão instruções específicas sobre o horário e o local a chegar - mesmo assim, adiantem-se. No nosso caso, rapidamente chegamos ao restaurante, mas a fila para checar os convites e esperar pela "hostess" durou quase meia-hora e havia vários lances de escada envolvidos. Os restaurantes costumam vender "todo o espaço" e acho difícil em muitos deles vocês conseguirem "estacionar" o carrinho perto da mesa. Assim, se você optar por um desses eventos, peça ao concierge do hotel que cheque para você esses detalhes e nunca deixe objetos de valor guardados no carrinho!"
Oi! Adorei suas dicas! Estou planejando uma viagem pra Austrália no fim do ano e gostaria de saber se o metrô e o trem funcionam na noite de ano novo. Os hotéis próximos à Harbour Bridge já estão lotados ou têm preços muito exorbitantes e acabamos reservando um a 3 km de lá. É seguro ir andando essa distância?
ResponderExcluirsim o sistema de transporte funciona e é especialmente adequado aos horarios de pico in e out of the city. Só que obviamente lota e a espera e aglomeração existem, sem dúvida. É primeiro mundo, mas não é Suiça! Caminhar é tranquilo, as ruas extremamente bem policiadas, mas tem gente bebendo e fazendo folia. Tem um site especial para o ano novo da cidade que indica os horarios dos sistemas de transporte, ruas bloqueadas ao trafico e tal, http://www.sydneynewyearseve.com/. Ele pode olhar e se planejar. Eu tentaria percorrer o trajeto dias antes para checar que dava conta!
Excluirola! pretendemos viajar pra sydney no ano novo! é possivel ver os fogos do intercontineltal com o quarto com vista pro opera?
ResponderExcluirOlá, segue a resposta da autora do post:
Excluir"nosso leitor precisa lembrar que os fogos acontecem simultaneamente na ópera e na ponte… Assim mesmo que o hotel tenha vista para a ópera, não verá a ponte...De qualquer forma, o único hotel que reportaram a época permite uma boa visualização do espetáculo é o Park Hyatt, pois fica numa “ponta” mais próximo da baía. O Four Seasons onde ficamos permite dos quartos com vista para a ópera uma visualização parcial (há quartos com visualização da ponte e da ópera, mas custam caríssimos e são reservados com muita antecedência).O Intercontinental deve ser o mesmo caso do Four Seasons, se a descrição fala em vista da ópera apenas a vista dos fogos será parcial. Vale ressaltar que no Four Seasons não há restaurante/piscina ou área pública no último andar, então a vista disponível é mesmo a do seu quarto…não sei como é o Intercontinental! Lembrando que o espetáculo é longo e inclui desfiles de barcos iluminados, shows de toda espécie e duas rodadas de fogos, eu não ficaria no meu quarto de hotel… E lembre o leitor que toda a área do Intercontinental fica fechada ao trânsito e tem a circulação controlada durante a noite por conta da multidão - esse hotel é bem na frente da entrada do Botanic Gardens que lota abarrota para ver os fogos desde muito cedo no dia 31 - não dá para visitar o lugar nesse dia!"